Projetos em prática: Fauna!

Na rotina de um biólogo que trabalha no ramo da consultoria ambiental, é comum a realização do levantamento faunístico, onde a diversidade de espécies animais de uma localidade será mediada e avaliada.

Juntamente com a análise da flora, essas duas atividades são consideradas os primeiros passos para a manutenção da biodiversidade de um local.

O levantamento faunístico é um estudo técnico na área de zoologia, sendo uma etapa importante para o manejo, monitoramento e conservação dos biomas brasileiros.

É realizado nos licenciamentos ambientais, para empreendimentos que irão de alguma forma causar impactos e supressão da biodiversidade de um local como, por exemplo, nos Estudos de Impacto Ambiental (EIA) e seus relatórios (RIMA- Relatório de Impacto ambiental), RAP (Relatório Ambiental Prévio), RAS (Relatório Ambiental Simplificado) e para as etapas de licenciamento prévio e monitoramento ambiental nas fases de implantação e operação do empreendimento.

Além dos EPIs, fornecidos para cada membro do projeto, o levantamento de fauna tem uma legislação especifica, que deve ser seguida à risca, determinadas pelo IBAMA, ICMBio e IEF.

Para a coleta de material biológico ou de espécimes, por exemplo, a Autorizações de Captura, Coleta e Transporte de Material Biológico fornecida pela IBAMA é necessária, sendo variável conforme a atividade a ser realizada, se diferenciando entre levantamento, monitoramento, salvamento, resgate e destinação de fauna.

Os estudos de fauna podem abordar os diferentes grupos animais dependendo da demanda solicitada, variando em método quantitativo, que procura estimar a abundância relativa das espécies em determinada localidade, e qualitativo, que consiste em anotar a presença ou ausência da espécie em determinado local.

É recomendado, que as coletas de campo sejam realizadas em diferentes períodos do ano, para que a possível variação de espécies de acordo com a sazonalidade seja abrangida como um todo. Os grupos de animais abordados e suas respectivas técnicas são:

Ictiofauna: Identificação e/ou coleta de peixes com peneiras, padronizadas de acordo com o tempo. O campo de coleta costuma ser separados por seções.

Herpetofauna: Identificação e/ou coleta de répteis e anfíbios, através da procura visual ao caminhar pelo entorno da área em busca dos animais, auditiva, mediante a vocalização dos anuros, ou ainda por técnicas passivas, com o uso de armadilhas.

Ornitofauna: Métodos que envolvem captura (com ou sem marcação dos espécimes), e métodos que não envolvem captura (baseados na observação direta e reconhecimento das vocalizações dos indivíduos) de aves. Alguns exemplos de manejo são a captura e recaptura por meio de arapucas ou redes de neblina e as técnicas de amostragem por pontos, transecção e quadrado.

Mastofauna: Esse estudo engloba a identificação e/ou coleta de mamíferos. Várias técnicas de manejo e observação são utilizadas. Dentre elas, destacam-se a utilização de armadilhas fotográficas, armadilha com comida, para que se tenha registro da pegada do animal, e armadilhas para estudo de pequenos mamíferos, como pitfall e tomahawk.

Invertebrados: Grupo de animais mais diversos. A identificação e/ou coleta de invertebrados pode ser dívida em técnicas para insetos terrestres/ voadores, como por meio de armadilhas de interceptação e queda, guarda-chuva entomológico e funil de berlese, além de técnicas para invertebrados aquáticos, que incluem o arrasto horizontal à superfície da água e o uso de peneiras para captura de indivíduos associados à vegetação.

Nosso serviço de auxiliar de campo nessa área consiste em duas etapas: Coleta de dados bibliográficos, relacionados à região e sua biodiversidade atual e seu nível de conservação, e coleta presencial de materiais ou evidências diz respeito às informações da fauna da área, pela equipe de campo, sempre com orientação de professores e biólogos já inseridos nesse campo de atuação da consultoria ambiental.